Hoje foi dia de análises. O ritual foi o do costume: ficar em jejum, espetarem-me a agulha e sugarem o meu nectar precioso.
Eis senão quando o técnico me pediu outro néctar:
- Tem a urina consigo?
- Ai era para fazer xixi para o frasquinho?
- Se não tem, não faz mal. Vai ali à casa de banho e pronto.
Amiguinho, calma aí que não se faz xixi por obrigação. Quando há vontade faz-se. E nessa parte fisiológica ninguém manda... quer dizer, eu pelo menos não mando. E sempre me causou um misto de indignação/admiração como é que as grávidas chegam ali e num instantinho já está! Eu sei, estão grávidas e a bexiga fica cheia com duas gotas. Eu já estive grávida, sei como é isso. Mas nem mesmo na altura, em que a minha bexiga era do tamanho de uma azeitona, eu conseguia fazer isso. Estar ali na sanita e pensar "xixizinho, tens que sair" é meio caminho andado para ele arrepiar caminho e nada feito.
Enfim, voltando ao busílis da questão.
Eu ainda disse ao técnico: "Vou ali ver se sou capaz de fazer essa proeza"
E ele: Então vá lá, vai ver que é capaz!
Pois claro que não fui!
Resumindo. tenho aqui o dito frasquinho à espera que a Natureza me chame ao WC e lá irei eu. Ainda assim, sei que a luta vai ser renhida. Ele vai resistir em sair. E eu percebo: quem é que quer sair de um cárcere e enfiar-se logo noutro? Que sorte a do xixi que vai direitinho para a sanita! Que liberdade!
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