terça-feira, 23 de novembro de 2010

A cor dos empregos


A hora/o processo mais violento do dia é, quanto a mim, o acordar. É que o duro regresso à realidade não é só abrir os olhos. Tudo o que vem a seguir é de uma violência inenarrável: despir, apanhar um arrepio, vestir, afogar a cara, as mãos e o rabinho em água, escovar os dentes com afinco e os cabelos com a suavidade possível, para depois prender o molho de cabelos num saltitante rabo de cavalo, sem esquecer o lacinho que prende os cabelinhos que teimam em fugir para a testa.
Hoje de manhã, durante aquele ritual torturante, as filhas pediram-me:

- Mamã, compra-me um trabalho roxo.
- Mamã, compra-me um trabalho rosa.

A parte das cores do trabalho deixou-me baralhada. De resto, ainda estou tentar descodificar a mensagem. Hei-de lá chegar.
Quanto à parte de lhes comprar um emprego, não me fiz de rogada e, apesar dos seus inocentes 3 anos, expliquei que um emprego não se compra, conquista-se. Que é necessário ir à escola muitos dias, estudar muito e até deixar de ir aos baloiços para ficar em casa a ler os livros que a professora manda.
Depois da lição politicamente correcta fiquei a pensar... afinal, há mesmo empregos que os pais compram aos filhos. Ou, pelo menos, empregos que se compram.
Estou baralhada. Hesito quanto à forma de apresentar o mundo às minhas filhas.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Quente ontem à noite

Eu estou ali, algures. Find Wally. :)

A Caderneta de Cromos subiu ao palco do Coliseu de Lisboa. Com ela o Nuno, o Pedro, a Vanda e o Vasco brilharam altíssimo. Foi um espectáculo muito divertido, que conquistou logo ao início. Quando digo "conquistou" não me refiro só a mim. Refiro-me a todo o Coliseu. Foi delicioso!
Adorei o stand-up comedy do Júlio Isidro (ele insiste que foi stand-up tragedy, mas isso é só modéstia)! Juro que pensava que o momento do Júlio Isidro, tinha sido escrito pelo Nuno. Fiquei a saber agora ao almoço que não, que nem o Nuno Markl sonhava sequer com que se ía ali passar. E foi de senhor! Foi tão bom!
À parte de ter sido uma noite única, não só como espectadora, mas também enquanto membro de uma equipa que viu este espectáculo nascer, foi ímpar por me ter dado a oportunidade "one in a million" de subir ao palco do Coliseu em noite de casa esgotada. Na minha cabeça o mais próximo que eu alguma vez iria estar do palco era na 1ª fila!
Ver aquele mar de gente a aplaudir de pé. Ver-lhes os sorrisos. Sentir-lhes a boa disposição. Uma sensação assim não se descreve.
Dia 27 de Novembro há mais, no Coliseu do Porto.


PS - A luz dos holofotes encadeia mesmo! Ena...! Tanta gente....!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Claro que estou contente... mas já estou em pfufas


Já me ditam dito que estava muito bom. Que entrava na conversa e nem parecia ser o que era. Que estava a ser uma agradável surpresa. Claro que fiquei contente! Gosto de fazer um bom trabalho e que o mesmo seja reconhecido.
Hoje, logo de manhã, o director veio dar-me os parabéns pelo dito trabalho. Claro que fiquei radiante, mas não estava nada à espera.
Agora a questão é: e os próximos trabalhos?! Será que vou conseguir mantê-los ao mesmo nível? Se não conseguir vai ser uma desilusão. Tipo fogo de palha: arde que é um espalhafato, mas em dois minutos vai-se tudo.
Caramba, nunca consigo estar satisfeita. Raio de miúda!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Não está a começar mal não senhor!

De manhã, as filhas até colaboraram no penos processo de sair da cama, lavar, vestir, pentear, ficaram bem na escola e regaram-me de beijinhos. Não apanhei trânsito, está sol, arranjei lugar para estacionar com facilidade... e no mail, um mimo: o radio edit de uma música que é um estrondo! Obrigada Nuno! :)



Já agora, e se não for pedir muito, só espero que haja mousse de chocolate ao almoço!