quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Demasiada simpatia

Hoje disseram-me: "quando for grande quero ser como você. Teve 2 filhos ao mesmo tempo e está aí com uma figura fantástica".
Meu caro, desconfio que isso vai ser desafiante. Para já porque é homem e um homem não sofre, literalmente, na pele os efeitos nefastos de uma gravidez. E depois porque o senhor é mais crescido que eu. Recordo-lhe que já tem 50 anos... eu ainda 33... mas vá, aceito a cortesia.
Ok, agora é que eu vou mesmo deixar de usar bikini na praia, não vá encontrar este senhor e destruir à pazada a ideia tonificada que tem da minha pessoa. :)
Já agora, obrigada roupinha que escondes esta carcaça velha e acabada e crias ilusões nas mentes desta pobre gente simpática.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Toma lá duas bofetadas

Hoje estou feliz. Recebi um e-mail que me deixou feliz. Muito feliz mesmo. De repente as nuvens fugiram do céu e sobre mim brilhou um sol radioso. Engoli um gritinho histérico, abafei os pulinhos de contentamento e cá estou em na minha vida como se nada fosse.
No entanto, se tivesse uma notícia, vá, que eu considerasse uma má notícia, eu ía estar tão mas tão arrasada que não ia ter acção, sequer, para levantar o nariz do chão. Toda a gente ía perceber que eu estava miserável e eu ainda mais miserável me ía sentir. Ali ao nível do trapo de lavar o chão com pernas. E enerva-me ser assim. Faço-me nervos!!! Oh mulher, rejubila!!!!!!
Pensando melhor, acho mesmo que o problema não é só meu: é da raça humana em geral. Quando nos acontece uma coisa boa "é só uma coisinha de nada, não importa", mas quando a coisa é má "minha nossa senhora que não há clemência, porque é que só a mim é que me acontecem estas coisas, oh injustiça, oh vou ali morrer devagarinho para ficar a sofrer o máximo de tempo possível".
Ca nervos! E sim, pode não transparecer, mas estou mesmo feliz.

Irrita-me, pronto


Não há outra maneira de dizer isto: o Ruca irriiiiiiiitttttttaaaaaaa-meeeeeeee!!!!!!! O Ruca e a sua família-zen-que-nada-lhes-põe-os-nervos-em-franja irritam-me!
Não sei grande coisa sobre o puto e respectiva família, mas nada daquilo que soa a família normal. O Ruca não faz birras. Quando muito, solta uma lágrima acompanhada de um leve uivo que não é choro nem nada. O Ruca obedece aos pais. O Ruca come sozinho. E rapidamente. E não faz javardice à mesa. Não tenta pegar na comida com as mãos nem lambe os dedos. O Ruca quando é contrariado não berra nem bate o pé no chão, não tenta bater com a cabeça nas paredes nem se atira para trás. Lá está, não faz birras. Enquanto os "amigos" do Ruca dizem que o que mais gostam é maçãs assadas ou doce de maçã ou tarte de maçã, o Ruca diz que gosta delas ao natural.
Podia ficar aqui até à eternidade, mas já deu para ter uma ideia. O Ruca tem um grave problema. Não sei se é autista ou se é só parvinho. Mas se não mudar vai ser vítima dos bullys.
Já para não falar na mãe do Ruca. O que é aquilo, pah?! A começar pelo penteado à Beatriz Costa mas despenteado com uma bandelete (!!!!!!) a tentar organizar o caos reinante naquela cabeça. E aquela camisola vermelha largueixona com punhos e colarinho emoldurada por uma bonita renda branca? E as calças boy fit em mau? E o que é que ela enverga nos pés?! Sapatilhas de ginástica? Pantufas do avôzinho? De manhã, a mãe do Ruca nunca pragueja que não tem nada para vestir, nunca se olha ao espelho para contar os cabelos brancos nem para mandar vir com a borbulha que apareceu durante a noite. A mãe do Ruca não faz dieta, não vai ao ginásio, nunca diz que está gorda.
A sério, aquela mãe não existe. E não existe mesmo. Porque nenhuma mãe é sempre tão paciente, tão conciliadora, tão calma, tão ponderada... é que faz nervos só de pensar! Oh mulher! O que é que é que te corre nas veias?! Nem água das pedras, que essas sempre têm bolinhas!
E o pai???!!! Que coisa é aquela? uma palavrinha para o pai do Ruca: NOT!
A família do Ruca não é a família que as crianças têm em casa. Uma família onde os filhos entornam a sopa t-o-d-o-s o-s d-i-a-s e os pais castigam os filhos não é uma família disfuncional. A do Ruca é que não é normal.
Agora, podem fazer desenhos animados normais, podem?

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Impotência.

É o que sinto sempre que me aparece um e-mail a dar conta da doença de alguém, que precisa que outro alguém lhe salve a vida. Por vezes são crianças, fofinhas e desejavelmente com toda uma vida pela frente, outras vezes é malta nova, na faculdade, a criar um caminho para seguir em direcção ao futuro e até pais de recém-famílias sob a ameaça de uma doença que não olha a idades, género, raça. Enfim, não olha a nada, não respeita nada.
E eu fico sempre com vontade de ajudar. Em rigor da verdade, já fiz o que estava ao meu alcance: já contrubuí com as minhas gotinhas de sangue. Ainda não surgiu ninguém com quem eu fosse compatível. Por um lado, ainda bem.
Mas esta sensação de impotência e de profunda tristeza que invade a caixa de mail e me chega até à alma... é difícil de lidar com ela.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Desisto.

E é tudo.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Eu não quero saber do Liedson para nada


Aqui d'el Rei que o Liedson vai deixar o Sporting!
Grande espanto e admiração por parte da plebe porque o Liedson foi vendido. E, pergunto eu que percebo rigorosamente nada de futebol, onde é que está a novidade? Não é isso que se faz com os jogadores?
Os jogadores de futebol são mais ou menos os escravos da idade moderna. Primeiro, olham-se os dentes e para a compleição física em geral para apurar o potencial do servo. Depois são comprados e vendidos consoante as necessidades dos seus amos. Agora serve, fica. Agora já não serve, vai embora. E às vezes até são jogados à arena para delírio do público. As feras foram substituída por uma simples e aparentemente inofensiva bola, mas ainda assim há lutas que enchem páginas e páginas de jornais e ocupam mais tempo nas televisões do que seria desejável. Já não é tanto sangue como havia... mas isso também se resolve com uma cabeçada ou um pontapé mal intencionado.
A grande diferença entre os jogadores de futebol e os escravos é mesmo que uns trabalhavam para aquecer e outros aquecem para trabalhar. Isso e o facto de os gladiadores da bola auferirem mais dinheiro do que seria obscenamente permitido.



E pronto, neste blog não mais se voltará a falar de futeboll. :)