segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Pequenos gestos de amor

Comprei o pão preferido dele. Só depois me lembrei que ele não está cá para fazer torradas.
Comprei batatas doces para assar e comer à noite enquanto vemos televisão. As batatas ainda estão na cozinha à espera que ele chegue.
O strudel de maçã voltou para o sítio porque lembrei-me que não tenho com quem partilhá-lo.

Por tudo isto, este fim de semana dei comigo a pensar que a vida de recém-divorciado não deve ser mesmo nada fácil. É que além da convulsão sentimental, que deve doer a cada pestanejar, há também a dureza do dia-a-dia rotinado, em que as coisas são feitas como sempre, apesar de haver claras alterações que não justificam que as coisas continuem a ser como eram.
Suponho que isto apenas é válido para os casos em que ainda resta algum amor. Nos outros, muito provavelmente os pequenos gesto de amor diários (como comprar o pão preferido, as batatas doces para comer a dois ou o strudel de maçã para lambuzadelas carinhosas) já se devem ter ido há muito...

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