terça-feira, 17 de junho de 2008

E são 3


Faz hoje 3 anos que disse o "sim". Foi um dia que demorou tanto, mas tanto tempo, a organizar e passou num instante. Mas ele vive em mim até hoje... e há-de viver sempre. Aconteça o que acontecer, foi dos dias mais felizes da minha vida. Tenho tantas saudades dele. Que bom que era se pudesse voltar a viver aquele dia... apenas alguns minutos já fazia as minhas delícias. Difícil seria escolher o momento.

Lembro-me de tomar banho, do cheiro no meu gel de banho, que uso até hoje, e, que me transporta até 6ª feira, dia 17 de Junho de 2005; do brilhante da unha que megulhou na água e eu lá consegui resgatar, e na cabeleireira, voltou a fazer da minha unha sua moradia.

Lembro-me da azáfama lá em casa dos meus pais, da campainha que não paráva de tocar. Primeiro o fotógrafo, depois os primos, do Alentejo, do Algarve, as tias, os tios, os amigos da mãe. Das poses. Das bochechas que doiam de estar sempre a sorrir. Das mensagem de felicidades e beijinhos e tudo de bom que não paravam de chegar ao telemóvel, e às quais fiz questão de responder.

Lembro-me de até ter apetite, mas não pude almoçar. O fotógrafo exigia a minha presença.
Lembro-me de toda aquela gente, convidados e não convidados, na minha rua, à espera de me ver. Os carros estacionados eram tantos...! Mas ainda assim, eram menos que os beijinhos que distribuí naquela tarde.

Lembro-me da viagem a 60 à hora para atravessar a Ponte Vasco da Gama. Os meus convidados devem ter achado que aquele era o dia indicado para apreciar a paisagem que o Tejo oferece. No meu caso o carro da noiva era o primeiro da fila, e não o último como é suposto. A estratégia era acelarar para ver se aquela gente acelerava também.

Lembro-me de chegar atrasada. A culpa foi dos convidados.

Lembro-me do meu querido noivo no altar, lagriminha no olho à minha espera. Lembro-me de ir orgulhosamente de braço dado com o meu pai, das minhas amigas a olharem para mim, a sorrirem, a chorarem, de lhes mandar beijinhos com uma vontade enorme de ir abraçá-las. Dos meus colegas de trabalho. Tudo com aquela música a tocar.
Lembro-me da repreensão do padre, porque não parávamos de falar. Fez ecoar gargalhadas dentro daquela igreja.

Lembro-me de tantos momentos... e sinto saudades de outros tantos. Tantos que não dá para descrever nem metade. Memórias, sentimentos, acontecimentos, tomaram conta deste dia até às 7h da manhã do dia 18... e desde esse dia até hoje.

E porque este post já vai longo, só duas palavrinhas para terminar:
Sim, aceito.

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