terça-feira, 19 de outubro de 2010

O amor não tem hora


5h20. A casa estava em silêncio. Eu tinha-me deitado havia 4 horas, portanto estava mesmo naquele soninho delicioso, descansado.
-Mãe... mamãããããããã...!
Lá fui eu ao quarto das filhas, com um olho aberto e outro fechado, praticamente em piloto automático, apenas com a luz do telemóvel a mostrar-me o caminho.
- O que é, Margarida?
- Abracinho.
Juro que não percebi. Abracinho? Ela disse abracinho? Disse? Não sei se fique babada ou se me atire para o chão a chorar pelo me sono interrompido.
- O que é que tu queres, amor?
- Abracinho, mãe. Um abraço.
- Tiveste saudades da mãe, foi?
- Sim.
Lá a envolvi no tal abraço. Mas, sinceramente não sei a quem é que o abraço soube melhor. Se a mim se a ela.
Depois do abraço, do beijinho e de ter ouvido um "gosto muito de ti", a minha flor voltou a adormecer. Quentinha por fora, e por dentro.
E eu também.

2 comentários:

Nada disse...

Nhóóóó
Fosse acordar sempre algo tão bom!

Leãozinho disse...

Olha que coisa boa... assim sim, assim vale a pena ser acordado...