O fim de semana adivinhava-se bastante simpático. Afinal, a simpatia ficou-se pelo caminho.
Sábado era dia de ir ver a peça "Vai-se Andando" com José Pedro Gomes. Uma hora antes de sair de casa, a minha filha Margarida cai e bate com o sobrolho na ombreira da porta da cozinha. Felizmente a ombreira era romba, senão teria passado o serão no Hospital Dona Estefânia enquanto lhe soturavam o sobrolho. Não aconteceu, mas ficou com o olho super inchado, negro e com o vinco da ombreira (também em tons roxo, para fazer pandant) da testa quase até ao queixo. O choro? Foi mais que muito. A dor da minha pequenina? Seguramente foi muito superior ao choro que ela conseguiu pôr a correr pela cara abaixo.
Acabei por ir ver a peça e jantar com os meus queridos amigos N. e a R. Tão queria, a R. levou-me uma empadinha já que no meio disto tuo eu não tive tempo de comer nada em casa nem de ir a casa deles petiscar qualquer coisa. Durante a noite, estive sempre de ouvido bem atenta ao telemóvel, não fosse a minha mãe ligar por causa da minha fofinha lesionada.
Domingo, o dia acordou com um telefonema. Do outro lado, das piores notícias que se pode receber.
Segunda de manhã, vestir de preto e dizer Adeus. Depois segui para o trabalho.
Mas entretanto aconteceram-me coisas giras que também elas me roubaram tempo ao blog, mas deram mais sabor à vida. Conversei com uma senhora. Não gosto de dizer "entrevistei". Não gosto de entrevistas, mas derreto-me com conversas... e quando são conversas das boas, sou capaz de ficar ali tempos perdidos. E foi o que aconteceu. Dizia eu, conversei com uma senhora - Elisabete Canha de Andrade - que escreveu este livro e foi puro deleite. Ela chegou à rádio às 12h40 e quando saiu eram 13h50. A conversa prolongou-se muito para lá de a luz "On Air" ter-se apagado. Para ouvir num dos próximos Barulho das Luzes.
Ontem, estive à conversa com outra Elizabete, Elizabete Cardoso, voluntária na Comunidade Vida e Paz. Uma conversa que começou às 14h e que terminou cerca das15h40. Novamente, uma conversa riquíssima e o testemunho de uma vida muito mais preenchida do que da maioria de nós. O resultado passa este Sábado no Barulho das Luzes.
De maneiras que é isto.
Agora vou ali trabalhar um bocadinho porque o tempo passa, inclemente, e as coisas não se fazem sozinhas.
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